A Polícia Federal disse que parte dos valores desembolsados a gráficas pela chapa não resultou em benefício próprio ou de terceiros. |
O processo que pode
levar à cassação do mandato do presidente Michel Temer já tem 15 000 páginas e
reuniu evidências que não deixam margem a dúvida: dinheiro sujo, oriundo de
múltiplos esquemas de corrupção, foi usado para reeleger Dilma Rousseff (PT). Parte dessas transações
já foi amplamente mapeada pela Lava Jato. A outra parte vai complicar a
situação do peemedebista no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que julgará ação
que pede a cassação da chapa.
O relator, ministro Herman Benjamin. |
O relator, ministro
Herman Benjamin, decidiu requerer ao Supremo Tribunal Federal (STF) cópias dos
depoimentos dos executivos da Odebrecht tão logo suas delações sejam
homologadas. Pelo que já foi revelado, sabe-se que a empreiteira, além de
comprometer Dilma e os petistas, relatou ter feito doações clandestinas ao
PMDB, a pedido de Temer. Os dois partidos,
portanto, teriam se beneficiado fraternalmente do mesmo dinheiro ilegal,
alcançado os mesmos benefícios e praticado os mesmos crimes eleitorais.
O
conjunto das evidências de irregularidades ganhou um potente anexo na semana
passada. Em relatório ao TSE, a
Polícia Federal disse que parte dos valores desembolsados a gráficas pela chapa
não resultou na prestação de nenhum tipo de serviço. O dinheiro teria sido
desviado para pessoas físicas e jurídicas “em benefício próprio ou de
terceiros”. Fonte: Veja.
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