Presidente Michel Temer disse que a reforma da Previdência não traz "nenhum" prejuízo aos mais pobres em entrevista concedida ao apresentador Carlos Massa, do SBT |
SÃO PAULO - O
presidente da República, Michel Temer, voltou a defender a reforma trabalhista,
aprovada nesta semana na Câmara dos Deputados. "Vai dar maior segurança
jurídica para o empregador e o empregado. Estamos fazendo isso para reformar o
Brasil e gerar emprego", disse em entrevista ao "Programa do
Ratinho", do SBT, gravada durante a semana e veiculada na noite desta
sexta-feira.
De acordo com Temer, a
reforma da Previdência não traz "nenhum" prejuízo aos mais pobres.
Além disso, "quem já se aposentou não perde nenhum direito", frisou.
Com relação à aposentadoria rural, o presidente comentou que o governo está
"mantendo basicamente o que existe". "Ouvimos o Congresso
Nacional, que disse que não poderia negociar (a aposentadoria rural). A questão
do trabalhador continua igual, sem prejuízos."
Temer e Ratinho:O desemprego já está caindo e cairá substancialmente mais após a reforma da Previdência |
Ainda em relação à
reforma da Previdência, tema que ocupou a maior parte dos 30 minutos de
entrevista, Temer disse que haverá "igualdade" entre funcionários
públicos e privados. "Políticos não terão aposentadoria diferenciada. Essa
reforma deveria ter acontecido há 10 anos. Alguns países tiveram de congelar
salários de servidores e de aposentados por quatro ou cinco anos para realizar
a reforma da Previdência."
Para o presidente, caso
tal reforma não passe no Congresso, o "desemprego não vai diminuir".
"O desemprego já está caindo e cairá substancialmente mais após a reforma
da Previdência." Por fim, Temer garantiu que aposentados com até dois
salários mínimos poderão acumular pensão por morte.
Temer: Quero ser conhecido como o presidente que melhorou as condições econômicas, que fez as grandes reformas, que permitiu que os próximos governos não encontrem o País como encontramos", concluiu. |
Dados divulgados pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 28, indicam que
a taxa de desocupação no Brasil ficou em 13,7% no trimestre encerrado em março
de 2017, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad
Contínua). Com isso, a população desempregada atingiu o recorde de 14,2 milhões
de pessoas.
Contribuição sindical.
Indagado sobre o fim do imposto sindical, Temer desconversou. "Não entrei
nessa história, quando remetemos o projeto de reforma, não tocamos no assunto. Isso
foi acordados entre patrões e empregados. Não cogitamos imposto sindical, mas
lá no Congresso pediram a eliminação, que será debatida."
Para o presidente,
"o povo quer política de resultados". "Se o teto dos gastos der
certo com a reforma da Previdência, e o emprego voltar, isso é resultado",
avaliou. Para ele, "o emprego volta quando completarmos as reformas da
Previdência e trabalhista". "Quero ser conhecido como o presidente
que melhorou as condições econômicas, que fez as grandes reformas, que permitiu
que os próximos governos não encontrem o País como encontramos", concluiu.
Fonte:
Estado de São Paulo
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