Ministro é presidente do Tribunal Superior Eleitoral, que inicia julgamento da chapa na semana que vem |
A partir da próxima
semana, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começa a julgar a ação que pede a
cassação da chapa Dilma-Temer nas eleições de 2014, sob alegação de que,
durante a campanha, foram usadas verbas de caixa dois. Para tentar livrar
Michel Temer da acusação, que pode levá-lo a perder o mandato, assumido após o
impeachment da petista, a defesa do peemedebista vai usar uma tese sugerida
pelo próprio presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes.
De acordo com o
colunista Luis Nassif, do portal GGN, nas alegações finais apresentadas ao
Tribunal, na última sexta-feira (31), os advogados de Temer valeram-se do
precedente que envolveu o ex-governador de Roraima Ottomar Pinto, que faleceu
antes de terminar o mandato, e era julgado por crime eleitoral.
Após a morte, seu vice
assumiu e foi inocentado. O tribunal entendeu que o responsável pelas contas é
o titular da chapa. “Essa é uma pista que se tem dessa matéria, mas será um
novo caso, com novas configurações”, disse Gilmar Mendes, em entrevista à Folha
de S. Paulo, no ano passado.
Nas alegações
encaminhadas ao TSE, a defesa de Temer aceita a consultoria de Gilmar e alega
que a indivisibilidade da chapa, apesar do amplo entendimento da corte, pode
ser ressalvada, com “temperanças”, na interpretação da norma constitucional. E
cita, justamente, como exemplo, o caso de Ottomar Pinto.
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