As investigações chegaram aos pagamentos de propinas ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e ao ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima. |
BRASÍLIA — A Polícia
Federal deflagrou nesta sexta-feira uma Operação que investiga fraudes na Caixa
Econômica Federal que decorreriam de pagamento de propina ao ex-presidente da
Câmara Eduardo Cunha e ao ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima.
A Operação Cui Bono tem como origem um telefone celular apreendido em 2015 na
residência oficial da Câmara quando Cunha ainda presidia a Casa. São cumpridos
mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, na Bahia, no Paraná e em São
Paulo.
Segundo a Polícia
Federal, uma perícia realizada no celular apreendido extraiu “uma intensa troca
de mensagens eletrônicas” entre Cunha e “o Vice-Presidente da Caixa Econômica
Federal de Pessoa Jurídica entre 2011 e 2013”. Geddel ocupou este cargo entre
março de 2011 e dezembro de 2013.
No esquema, além de Cunha e Geddel envolve ainda um vice-presidente de gestão de ativos da Caixa, um servidor da Caixa e empresários. |
As mensagens indicariam
“a possível obtenção de vantagens indevidas pelos investigados em troca da
liberação para grandes empresas de créditos junto à Caixa Econômica Federal, o
que pode indicar a prática dos crimes de corrupção, quadrilha e lavagem de
dinheiro”, de acordo com a PF.
O caso vinha sendo
investigado no Supremo Tribunal Federal (STF), mas foi encaminhado para a
Justiça Federal do DF depois que um dos investigados perdeu o foro privilegiado
a deixar a função pública. Geddel deixou o cargo no mês de novembro de 2016. Segundo as primeiras
informações da PF, o esquema envolveria ainda um vice-presidente de gestão de
ativos da Caixa, um servidor da Caixa, empresários e dirigentes de empresas dos
ramos de frigoríficos, de concessionárias de administração de rodovias, de
empreendimentos imobiliários, além de um operador do mercado financeiro. Fonte Agencia Brasil.
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