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sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Prefeitos e governadores fecham 2016 perto de colapso

Se não houver contrapartida, quando você entrega o dinheiro para o Estado, aquilo servirá para uma emergência, mas não para preparar o futuro, disse o presidnte Michel Temer numa coletiva com jornalistas.
A última semana de 2016 termina com um cenário pouco animador para os prefeitos e governadores brasileiros. Representantes dos municípios estiveram nesta quinta-feira em Brasília com o pires nas mãos pedindo que o Governo Michel Temer liberasse os 5 bilhões de reais provenientes da repatriação de recursos ainda este ano. O objetivo deles era que o valor fosse usado para fecharem as contas de dezembro, inclusive, em alguns casos, para quitar a folha salarial. Ouviram do presidente que ele não teria como descumprir uma recomendação do Tribunal de Contas da União e, portanto, não liberaria esses valores agora. Só poderia fazê-lo em janeiro.

A negativa do chefe do Executivo contribui para o seguinte resultado: quase a metade dos prefeitos (47,3%) deixará dívidas para os seus sucessores que tomam posse no próximo domingo. Os dados constam de um levantamento feito pela Confederação Nacional dos Municípios, uma entidade que congrega os prefeitos das 5.568 cidades brasileiras. O colapso fiscal nas prefeituras implicará em uma série de cortes de gastos, redução de secretarias municipais, assim como de funcionários terceirizados. Tudo isso dentro de um cenário em que a recuperação econômica não será tão rápida, após quase dois anos de recessão. O próprio presidente disse, nesta quinta-feira, que a melhora nas finanças deverá acontecer a partir do segundo semestre de 2017.

No caso dos governadores houve um jogo duplo pela parte deles. Em um primeiro momento, concordaram com todas as exigências rígidas da gestão Temer entre meados de junho e o fim de novembro para que tivesses suas dívidas negociadas. Depois tentaram e conseguiram usar de sua influência no Congresso Nacional, em dezembro, para retirar todas as contrapartidas das negociações da dívida que têm com a União. Entre elas, a obrigação de reduzir em 10% o número de comissionados, suspender concursos públicos e contratações, além de congelar os gastos públicos por dez anos em todas as 27 unidades da federação que aderissem ao programa de renegociação. Até conseguiram suspende essas medidas previstas no Regime de Recuperação Fiscal, mas Temer vetou a maior parte delas.
O presidente Michel Temer recebe prefeito de Uberaba, vice-governador de Minas Gerais e comitiva no Palácio do Planalto.
A recuperação fiscal, da forma como veio ao Executivo, tornou-se mais ou menos inútil. Se não houver contrapartida, quando você entrega o dinheiro para o Estado, aquilo servirá para uma emergência, mas não para preparar o futuro”, afirmou o presidente em seu pronunciamento de fim de ano aos jornalistas. No veto assinado pelo presidente e publicado no Diário Oficial da União de quarta-feira, Temer alegou que “houve um completo desvirtuamento do Regime, não sendo possível mais assegurar que sua finalidade maior, a retomada do equilíbrio fiscal pelos estados, seja assegurada”. Seguiu o presidente: “Não apenas a finalidade precípua do Regime foi alterada; em verdade, os dispositivos remanescentes trazem elevado risco fiscal para União”.

Com a decisão de fechar essa porta aos Estados, o Governo disse que ainda não encerrará as discussões. Prometeu que voltará a negociar com cada governador para tentar encontrar uma saída para a crise que atinge quase todas as unidades da federação. 

Acompanhado de 12 deputados federais e dois senadores goianos, o governador Marconi          Perillo se reuniu com o presidente Michel Temer, no Palácio do Planalto.
Em um primeiro momento, os Estados que mais seriam beneficiados com essa ajuda, de suspensão do pagamento das dívidas temporariamente, seriam os três que decretaram estado de calamidade financeira – Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. São os Estados em que a relação Dívida Consolidada/Receita Corrente é mais preocupante. Em média, cada um deles tem 2% de sua receita comprometida com as dívidas com a União. Juntos, eles devem 225 bilhões de reais – quase 40% dos débitos de todos os Estados, que é de 591 bilhões. Apenas para efeito de comparação, é mais do que o dobro do que o governo federal prevê gastar no ano que vem com suas empresas públicas, entre elas Petrobras, Banco do Brasil, Eletrobrás e Caixa Econômica.

 No médio prazo, contudo Estados como São Paulo, Goiás, Alagoas, Acre e Mato Grosso do Sul também deveriam aproveitar dos benefícios. Agora, o jogo volta praticamente à estaca zero, destacou uma fonte do Palácio do Planalto. As próximas semanas, antes do retorno do recesso legislativo serão de muita negociação para encontrar uma fórmula que agrade tanto aos Estados e, do ponto de vista fiscal, não comprometa tanto a União.

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