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O procurador -geral Roberto Gurgel acusou os réus do mensalão nos ataque contra ele. |
Alvo da base aliada na
CPI do Cachoeira, especialmente do PT, o procurador-geral da República, Roberto
Gurgel, acusou ontem os réus do mensalão de serem os mentores de ataques contra
ele. Parlamentares envolvidos na investigação contra a organização criminosa
chefiada por Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, afirmam que o
procurador-geral prevaricou, pois havia indícios das ações de Cachoeira e de
seus elos com políticos desde 2009, na Operação Vegas, conduzida pela Polícia
Federal.
Questionado se o
principal interessado em fomentar as críticas contra ele seria o ex-ministro
José Dirceu, Gurgel reagiu, sorrindo: “Eu acho que é notório. Fatos notórios
independem de prova”. Dirceu foi apontado pelo Ministério Público como o chefe
da quadrilha do mensalão. “Eu tenho dito que na verdade o que nós temos são
críticas de pessoas que estão morrendo de medo do julgamento do mensalão”,
afirmou Gurgel. “Acho que, se não réus, há protetores de réus como mentores
disso.”
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As acusações contra
ele, insinuou o procurador, seriam uma estratégia dos réus do mensalão para
fragilizar a acusação da Procuradoria e atingir também seus julgadores -
ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), cujos nomes são citados em algumas
conversas telefônicas gravadas pela Polícia Federal. Há um movimento no
Congresso para convocar o procurador-geral a depor na CPI do Cachoeira.
“Esse (o mensalão) é o
atentado mais grave que já tivemos à democracia brasileira. É compreensível que
algumas pessoas ligadas a mensaleiros tenham essas posturas de querer atacar o
procurador-geral e querer também atacar ministros do Supremo com aquela
afirmação falsa de que eu estaria investigando quatro ministros do STF', disse.
“Há pessoas que foram alvo da atuação do
Ministério Público e ficam querendo retaliar. É natural isso. E há outras
pessoas que têm notórias ligações com pessoas que são réus no mensalão”,
acrescentou.
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