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terça-feira, 23 de março de 2010

As Sete Faces de um Poema

Tem uma menina que um dia brincava de leitura, enfermeira, gostava de dançar como bailarina, com o tempo foi crescendo, crescendo e cresceu, hoje ele se prepara para ser mamãe, estudo enfermagem e gosta de ler, principalmente poesia. Ela é Thainá Rakan (foto- Thaina, Mestre Dudu e Tiago) hoje ela descobriu no seu arquivo, talvez, bem no fundo do seu diário uma poesia do mega poeta Carlos Drummond de Andrade, como ela sabe que no Blog tem um espaço para poesia, pediu que publicasse para que os leitores e seguidores pudesse conhece esta pérola da poesia brasileira “Poema das Sete Faces”, quem sabe, não tiveram a oportunidade de ler e deleitar da viagem do poeta pelo mundo das letras.



Poema de sete faces
Carlos Drummont de Andrade

Quando nasci um anjo torto
Desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! Ser gauche na vida.

As casas espiam os homens
que corem atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.

O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas,
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não pergunta nada.

O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conserva.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.

Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus,
se sabias que eu era fraco.

Mundo, mundo vasto mundo
se eu chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo, mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.

Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.

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