Uma bancada com 73 deputados e apenas dois senadores decidiu concorrer às prefeituras. Este grupo representa uma queda de 32% comparado ao que concorreu em 2012
O elevado
endividamento das prefeituras e o constante risco de descumprir a Lei de
Responsabilidade Fiscal. Estas são as principais razões apontadas por deputados
e senadores para justificar diminuição do interesse de parlamentares pelas
eleições municipais deste ano. No pleito de outubro, 73 deputados e apenas dois
senadores decidiram disputar aos cargos de prefeito e vice-prefeito de capitais
e municípios do interior, uma redução de 32% e comparação com o grupo que
concorreu em 2012.
Levantamento
feito pelo Congresso em Foco mostra que os três partidos com as maiores
bancadas no Legislativo são os mais interessados nos executivos municipais. O
PSDB escolheu 10 deputados nas convenções municipais da semana passada para o
cargo majoritário e um aceitou a vaga de vice, a de Bruno Covas, em São Paulo.
O PMDB vem em seguida, com 10 nomes, e o PT, com nove.
A crise
econômica anuncia mais dificuldades para os futuros prefeitos. Segundo dados do
Tesouro Nacional, no primeiro semestre houve uma queda de 6% na arrecadação
geral de impostos. A consequência será um encolhimento proporcional nos
repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), única fonte de renda de
grande parte das cidades, principalmente na região Nordeste, e composta pela
arrecadação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto de
Renda. Os futuros
prefeitos também não vão poder contar com a generosidade do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), responsável pelo maior volume de
financiamento de obras de infraestrutura para as cidades. Relatório da
instituição mostra que a média de empréstimos mensais para os 5.568 municípios
foi de R$ 16 bilhões em 2014, mas entre janeiro e junho deste ano este valor
caiu para R$ 6 bilhões. Fonte:Blog do Planalto
0 on: " Dívidas das cidades e rigor fiscal afastam parlamentares das campanhas municipais "