PRESIDENTE EM NOVA YORK FALOU SOBRE ANISTIA. |
O presidente Michel Temer disse nesta quarta-feira que,
pessoalmente, é contra a possibilidade de uma anistia ao caixa dois em
campanhas e negou que tenha orientado a base governista no Congresso a aprovar
o perdão aos candidatos que usaram recursos não contabilizados em campanhas
eleitorais.
"Foi surpreendente para mim, não dei orientação nenhuma.
Quando chegar lá (no Brasil) vou analisar essa questão", disse Temer em entrevista
coletiva em Nova York. O presidente afirmou que pedirá esclarecimentos sobre o
episódio depois de parlamentares da base tentarem aprovar uma anistia ao caixa
dois eleitoral.
MINISTRO GEDDEL VIEIRA LIMA. |
"Pessoalmente, acho que isso não é bom, não é bom para
ninguém, mas eu vou chegar lá, eu quero que esclareçam isso. Quero que não
pareça uma interferência minha no Poder Legislativo, vocês sabem que eu não
interfiro no Legislativo nessa matérias, nem no Judiciário, então registrem bem
que eu vou examinar essa questão lá no Brasil, mas não quero interferir jamais
nas competências do Legislativo", disse Temer. O Palácio do Planalto tentou se distanciar do problema criado
pelos parlamentares na última segunda-feira. No entanto, o ministro da
Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, defendeu que o Congresso precisa
discutir a necessidade de uma mudança na legislação "sem histeria".
"O Ministério Público apresentou uma proposta de
criminalização do caixa dois. Se já é crime, por que criminalizar? Estou
fazendo uma análise apenas sustentada na lógica. Não estou defendendo
anistia", disse o ministro à Reuters. Geddel ressaltou que é uma opinião pessoal, e não uma posição
do governo. Disse, ainda, que não vê necessidade de o governo como um todo ter
uma opinião a respeito e que o Congresso que deve discutir o assunto. "É
uma opinião pessoal, não é uma posição de governo. Eu tenho direito a ter uma
opinião", disse."É um tema que tem de ser debatido sem censura. Se
vai ser votado, cabe ao Congresso. Se for criminalizar o debate no Congresso
não tem o que fazer", defendeu o ministro. Fonte: REUTERS
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