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LULA E MORO, A HORA DA DECISÃO. |
Brasília – A decisão do juiz Sérgio Moro de acatar a denúncia
do Ministério Público Federal contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) não surpreendeu o petista.
Mas uma preocupação prevalece entre seus aliados: o despacho emitido ontem (20)
pela Justiça Federal de Curitiba pode acabar com as pretensões de Lula se
candidatar à presidência da República em 2018. Ele foi denunciado por corrupção
e lavagem de dinheiro no caso do tríplex em Guarujá. Na semana passada, o petista teria admitido a interlocutores
que dificilmente Moro perderia a oportunidade de aceitar a denúncia. Os aliados
de Lula, contudo, minimizam os rumores de que o ex-presidente estaria mais
perto de ser preso. Réu na Justiça sob acusação de tentativa de obstrução da
Operação Lava Jato, Lula enfrenta um cenário ainda mais desfavorável para suas
perspectivas eleitorais com essa nova denúncia.
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LULA A UM PASSO DE SER FICHA SUJA, ADEUS A 2018. |
Se for condenado por Moro em primeira instância e pelo Tribunal
Regional Federal (TRF) em segunda instância, o petista se tornará inelegível
por oito anos pela Lei da Ficha Limpa, não podendo concorrer a qualquer cargo
público até 2024.
De acordo com a Lei da Ficha Limpa, candidatos que tenham
sido condenados por um órgão colegiado são impedidos de disputarem nova eleição
ou assumir um novo mandato. O que preocupa tanto o PT? A ausência de um plano B para a
corrida presidencial de 2018. Membros da cúpula do partido não escondem que
Lula é a única opção. O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, que seria uma
alternativa, não estaria mais nos planos da legenda em função de sua alta
rejeição na capital paulista e de suas dificuldades para conseguir se reeleger
em 2016.
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