Perillo, Agnelo e Cabral alvos da CPI, apenas Cabral ficou de fora. (Reprodução) |
O presidente da CPI do
Cachoeira, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), anunciou que o depoimento do governador de Goiás,
Marconi Perillo (PSDB) será realizado no próximo dia 12 de junho. No dia
seguinte, dia 13, será a vez do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz
(PT) prestar esclarecimentos no colegiado. A convocação dos dois governadores
foi aprovada na sessão da CPI. Na ocasião, o pedido para ouvir Sérgio Cabral
(PMDB-RJ) foi rejeitado.
O PMDB, aliado do PT,
articulou os 16 votos pela convocação de Agnelo, com o apoio de PP, PR PSC,
PSB, PDT e da oposição. Doze parlamentares votaram contra. O depoimento de
Perillo foi aprovado por unanimidade. Segundo a PF (Polícia Federal), Perillo
recebeu R$ 1,4 milhão de Carlinhos Cachoeira pela venda de uma casa e nomeou
funcionários a pedido do empresário, preso sob a acusação de comandar um
esquema de jogo ilegal.
Agnelo, diz a PF,
também teve assessores corrompidos pelo grupo de Cachoeira. Tanto o petista
quanto o tucano negam irregularidades. A ação do PMDB foi interpretada no PT
como um troco pelo fato de o partido ter apoiado a ampliação da quebra dos
sigilos fiscal e bancário da Delta. A empreiteira é suspeita de se beneficiar
da relação de um de seus diretores com Cachoeira. Vários políticos do PMDB são
próximos a Fernando Cavendish, presidente licenciado da Delta.
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