Para analistas ouvidos pela BBC Brasil, tanto Dilma, quanto Cunha estão em situação muito complicada |
Após ensaiarem um
acordo de salvação mútua, a presidente Dilma Rousseff e o presidente da Câmara
dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), estão ambos diante do risco real de
perderem seus mandatos. Depois que o PT não
encarou o desgaste público de evitar a abertura de um processo contra o
peemedebista no Conselho de Ética da Câmara, ele reagiu e deflagrou o início da
análise concreta de um possível impeachment da presidente pelo Congresso.
Para analistas ouvidos
pela BBC Brasil, ambos estão em situação muito complicada – mas a de Cunha é
pior que a de Dilma. Sem desprezar o apoio
que o presidente da Câmara ainda conserva entre muitos deputados, os cientistas
políticos entrevistados dão como certa a abertura de um processo contra ele na
próxima terça-feira, agora que foi abandonado tanto pela oposição quando pelo
PT.
Leia também: Duas
visões: juristas contra e a favor avaliam pedido de impeachment
Cunha é acusado de
ocultar contas na Suíça com depósitos de milhões de dólares provenientes de
corrupção, segundo a Operação Lava Jato. Ele já foi denunciado pela
Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal, que ainda
tomará uma decisão sobre a abertura de um processo penal.
Já Dilma não enfrenta
denúncias de corrupção da PGR, mas tem contra ela acusações de irregularidades
fiscais em 2014 respaldadas por parecer do Tribunal de Contas da União. Alguns
juristas, porém, questionam a validade desse argumento, já que o parecer ainda
tem que ser votado no Congresso, podendo ser rejeitado ou aprovado. Fonte: AFP I Reuters - BBC Brasil-
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